Eu não tenho controle sobre mim. Não sou forte o suficiente. Sinto-me fraca. A qualquer momento algo terrível acontecerá. A verdade é que tudo já aconteceu sem que eu fosse capaz de agir, mas eu não quero enxergar. “Eu quero morrer” é o que quero dizer, mas não é realmente o que quero que aconteça. É claro que viver em paz seria perfeito para mim. Mas tudo que vejo é aquele enorme buraco negro devorando tudo em que tento agarrar-me. Toda a esperança. O que resta são as lágrimas, os pesadelos, o medo, o grande ódio que irradia de mim hoje. Depois, tudo isso é dissolvido e transformado num grande vazio que me consome por dentro. Esse terrível vazio que me sufoca, me esmaga, empurrando-me para o fundo de um poço sujo e frio, de onde grito desesperadamente por socorro. Ninguém parece ouvir meus apelos.
Escrevi esse texto no ano de 2010. Encontrei-o hoje numa amassada folha de caderno e resolvi postá-lo aqui.
Escrevi esse texto no ano de 2010. Encontrei-o hoje numa amassada folha de caderno e resolvi postá-lo aqui.
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